Tum, Tum, Tum, Tum... “Cabeça dinossauro/Cabeça dinossauro/Cabeça cabeça/Cabeça dinossauro”... Foi com o peso deste
clássico da música brasileira que teve início o Show dos Titãs em João Pessoa. Figuras
de todas as idades tiveram a oportunidade de “bater cabeça” vendo ao fundo do
palco a exposição de uma verdadeira obra de arte com traços de Leonardo da
Vinci.
A experiência
dos quatro remanescentes (Sérgio Britto, Tony Bellotto, Paulo Miklos e Branco Mello)
permitia que brincassem com o público com o “Que
não é o que não pode ser que/Não é o que não pode/Ser que não é”.
Quando os
caras montaram a banda (1982) eu tinha apenas quatro anos; em 1986, ano do
“Cabeça Dinossauro”, eu estava prestes a fazer meus nove anos, não tinha a
menor ideia do que queriam dizer com “Estado
Violência/Deixem-me querer/Estado Violência/Deixem-me pensar”.
Alguns anos depois, eu já começa a entender alguma
coisa, já era possível saber que “A vida até parece uma festa,/Em certas horas
isso é o que nos resta./Não se esquece o preço que ela cobra,/Em certas horas
isso é o que nos sobra.”. Já estamos em Titanomaquia, 1992, pela primeira vez
eu gazeava aula, não por diversão, mas para saber o que acontecia nas ruas com
o Fora Collor.
Tempo de muitas descobertas, de um poder que eu não
sabia de onde vinha nem para onde canalizar, não sei se era isso que os caras
queriam dizer com “Nem sempre se pode ser Deus/Por isso que estou gritando”; mas descobrir
que não tinha aquele poder todo que eu pensava ter na minha adolescência, não era
fácil. Felizmente aprendemos, mesmo que um pouco, a canalizar essas energias, “Mesmo
que ninguém escute/Mesmo que ninguém
ouça/Mesmo que ninguém acredite/No que sai da minha boca”.
Voltando ao SHOW de sábado... Como Cabedelo não tem
segundo turno, nada impediu a máxima “Às vezes qualquer um enche a cabeça de
álcool”. Foi um importante rito para relaxar e seguir com passos firmes, cabeça
erguida e uma voz pesada: “Bichos Escrotos/Saiam dos esgotos/Bichos Escrotos/Venham
enfeitar/Meu lar!/Meu jantar!/Meu nobre paladar!”.
Abraço!
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