Por mais que eu tente fugir de polêmicas, elas perseguem
os/as que querem uma sociedade sem exploração de um ser humano por outro. Se
fiquei triste por não ter tido acesso ao show de Geraldo Vandré? Sim, fiquei!
Mas mais triste fiquei ao perceber a truculência e falta de sensibilidade do
artista na segunda noite de show.
Não
sou daqueles/as que entendem que o/a artista deve ter posição política, que só
deve falar sobre mudança social. Entendo que a arte deva ser livre, falar de
amor, da transformação social, da vida, da amizade, das cidades, do que a
inspiração do/a artista apontar.
Não
vou teorizar sobre a afirmativa de Vandré de que “Na mão esquerda trago uma
certeza, na mão direita uma garantia. Atenção, às vezes mudo de mãos”; seria
uma pressão política sobre a arte. Repito, a arte deve ser livre, mas não
existe liberdade sem humanidade, sem sensibilidade e respeito ao outro,
sentimentos que Vandré não teve.
A
agressividade do artista, além de atropelar todo um sentimento coletivo de dor,
desrespeitou a mulher que tentou apresentar sua solidariedade e sentimento de
justiça sobre a execução de Marielle. Fica minha solidariedade com essa cidadã,
assim como as pessoas presentes prestaram sua solidariedade quando uma outra
pessoa gritou “Marielle” e a resposta coletiva tomou conta do Espaço Cultural:
“Presente!”.
A
arte é humanidade, liberdade e amor; jamais truculência e desrespeito. Penso
que Geraldo Vandré deve desculpas ao público, em especial a mulher que estava
com a faixa e foi empurrada no recolher da faixa pelo agressor.
Tárcio
Teixeira
Presidente
do PSOL/PB
[i] Sobre o Ocorrido - No último dia
24 de março, na segunda noite de show realizado por Geraldo Vandré na Paraíba, já
quando ele cantava a última música - “pra não dizer que não falei das flores”
(Caminhando e Cantando), um símbolo do enfrentamento a ditadura militar - um
pessoa levantou de sua cadeira e abriu uma faixa na frente do palco; Geraldo
Vandré parou, leu do que tratava a faixa, desceu do palco, com uma violência
longe de uma pessoa das artes, recolheu a faixa e empurrou a mulher que segurava
a faixa.
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