Amig@s, 2013 não foi um ano
fácil, mas 2012 também não foi e 2014 seguirá sem ser; claro que existem anos
mais marcantes com acontecimentos tristes e/ou alegres; anos melhores e piores;
mas ano fácil não existe, ao menos não para nós que acreditamos em uma
sociedade sem exploração de classe.
Tivemos um 2013 de muitas
mobilizações, ajustes em relacionamentos, congressos, conferências e
articulações. Como todos os anos, 2013 foi de planejamento e vitórias e
derrotas pontuais.
Provavelmente você que faz a
leitura desse texto agora não seja próximo o suficiente para conhecer aspectos
da minha vida pessoal, profissional, dos movimentos sociais e da vida
partidária; assim, resolvi escrever alguns tópicos específicos que permita uma
leitura pontual e interessada, espero que (também) interessante. Não escreverei
sobre o CRESS/PB, entendo que o texto publicado na sexta (23 de dezembro) é
suficiente para sentir o ano que tivemos e o que teremos.
Citarei poucas pessoas por ter
sido o ano que mais conheci gente, todas com a devida importância. Caso
tenham tempo e/ou paciência, boa leitura; caso contrário, não sei se vão perder
grande coisa; sigamos com algumas lembranças, balanços e prospecções.
1. Pessoal
Quero, antes de tudo, registrar
um dos acontecimentos mais marcantes do “meu 2013” , fui novamente tio!
Vida longa ao Guilherme, sem dúvida um lutador que o tio ama muito.
Não foi fácil começar 2013
sabendo que Luar voltaria para morar em Recife, comecei o ano com uma saudade
muito dolorida; mas o amigo Henrique estava certo, caso ela estivesse em João
Pessoa eu teria priorizado o dia a dia com minha filha e o ano seria outro,
claro que seria maravilhoso, mas a realidade cobraria a fatura política em um
futuro próximo. Sim... a saudade segue, mas falo e/ou vejo minha princesa com
regularidade.
Conheci pessoas maravilhosas em
“meu 2013” ,
fiz bons amigos/as e termino o ano em um dos melhores momentos em meu
relacionamento de sete anos. Verdade que até agosto eu dediquei quase que todas as
minhas energias para militância política, junho e julho que o diga; demanda da
realidade na qual eu não soube dosar os aspectos pessoais, mas essa mesma
realidade fez eu buscar os ajustes necessários para melhor equilibrar o
indivíduo e os diferentes coletivos. Não foi fácil, mas o resultado final foi
melhor que o planejado.
2. Profissional
Como vocês sabem, estou afastado
de minhas atribuições no MPPB (desde janeiro) para cumprir meu mandato como
Presidente do CRESS/PB; felizmente nosso Conselho não se limita a fazer
carteira e/ou a luta corporativa, nossa atuação no Conselho possibilitou grande
proximidade dos diversos espaços sociocupacionais do/as assistente social, em
especial na área da infância e juventude, uma das minhas prioridades; em outras
palavras, estou atuando e contribuindo para sociedade como se no MP estivesse;
com o grupo atuante que temos, fico bem mais protegido de uma possível
burocratização, mais ainda pela certeza de gostar do meu trabalho.
Quero destacar outros dois campos
sobre o MPPB, um político e um pessoal: o primeiro é registrar a alegria diante
da vitória da oposição nas eleições da Associação dos/as Servidores/as do
Ministério Público da Paraíba, meus colegas estão de parabéns; o segundo é a
saudade dos amigos/as que lá estão e que não vejo com a mesma regularidade.
3. Levantes de Junho
Os/as que estavam nas atividades
do Fórum em Defesa do SUS e Contra as Privatizações, na organização dos
Encontros dos Movimentos Sociais, nas Paradas LGBT, nas campanhas contra o Ato
Médico, nas diversas mobilizações pela redução das passagens e em defesa da mobilidade
urbana/humana, nos atos contra a corrupção, nos Comitês da Copa, na campanha
pelos 10% do PIB para educação pública... estes/as sabem que as pautas dos
levantes de junho não brotaram do nada, não acordamos em junho, mas em junho
potencializamos nossas forças, nossas conquistas e nossas possíveis conquistas
para o futuro. Acredito que não preciso aqui descrever a importância do Avante
João Pessoa/Movimento Passe Livre (MPL/JP), os que leram nosso blog durante o
ano, participaram dos atos de rua ou leram os jornais, sabem do que estou
falando.
Os levantes de junho foram contra
o conservadorismo que ainda impera em nossa sociedade, foram contra a ordem
majoritária e por mudança. Muitos vão tentar desviar o foco ou canalizar essa
energia para outro caminho; outros seguirão querendo impor sua pauta
específica; alguns ainda tentarão forçar a barra para “dirigir” algo que é
muito maior que qualquer uma de nossas organizações isoladamente; quem optar
por uma dessas três opções é porque não entendeu nada do que “as ruas
disseram”.
Junho não acabou, os/as ditos/as
independentes que estavam a frente do processo de mobilização não são gado e
merecem ser respeitados como parte fundamental do processo, as organizações de
esquerda precisam priorizar mais a luta social que a construção de suas
organizações, precisamos pautar pela unidade e não pela divergência. SIGAMOS
JUNTOS/AS E FORTES, NÃO SÓ PARA JUNHO, PARA TODOS OS MESES QUE TEREMOS PELA
FRENTE!
4. Partido Socialismo e Liberdade- PSOL
O PSOL é um partido já
consolidado nacionalmente; mas afirmar que na Paraíba o PSOL/PB passou a ter
maior influência na vida política da cidade a partir de 2011/2012 não é diminuir
os/as que fizeram o PSOL/PB nos anos anteriores (eu inclusive); mas é entender que
as condições objetivas (internas e externas) foram dadas mais tardiamente que
em outros estados, felizmente elas foram dadas.
Os/as militantes que ingressaram
nos quadros do PSOL em 2013 somam ainda mais força e representatividade social
ao nosso partido. Nós que fundamos o PSOL ou que já estávamos quando esses/as
novos militantes escolheram militar ao nosso lado, estamos felizes com a força
que somam; juntos/as vamos ampliar ainda mais, mas sempre mantendo a mesma
qualidade militante.
Sei que alguns podem ficar com um
pouco de ciúmes, mas é importante que se diga: as direções do PSOL na Paraíba,
eleitas durante o 4º Congresso do Partido, possuem todas as condições para
serem as mais funcionais e influentes que tivemos até o momento.
Termino o ano como pré-candidato
ao Governo da Paraíba pelo PSOL, uma tarefa que vem após a impactante campanha
que tivemos em 2012 com o companheiro Renan candidato a Prefeito de João Pessoa,
seguido de amplo debate no interior do PSOL e tendo como referência (também) o
balanço da nossa militância. Buscaremos construir um programa maior que nosso
candidato, um programa maior que o PSOL, queremos construir um programa com
base na pauta de reivindicações que os lutadores/as sociais levam para as ruas
durante todo ano, não apenas nos anos pares.
Além do programa, queremos
consolidar uma Frente de Esquerda, uma Frente que alcance PCB e PSTU, partidos
inscritos na Justiça Eleitoral, mas que não limite-se aos nossos três partidos
registrados; nossa Frente precisa envolver os movimentos sociais, indivíduos
comprometidos com temáticas do nosso campo e partidos como o PCR e a Consulta
Popular, que não são legalizados, mas que estão organizados nacionalmente
enquanto uma organização partidária e fazem parte do cotidiano dos que lutam em
nosso campo.
Não vou desejar um
2014 fácil, até mesmo porque sei que não teremos e não queremos, mas desejo um
2014 de muita energia para enfrentar os obstáculos que teremos pela frente, que
sejamos em maior número, mais fortes e mais unitários.
“As ruas pedem”
mudança, todos/as sabemos que mudança não é andar para trás.
QUE VENHA 2014!
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