Fonte: http://valeenoticia.blogspot.com.br/2013/09/veja-as-foto-do-acidente-imagens-da.html |
“Tô pronto... tô pronto... tô
pronto...”, essa era a frase (que acompanhada de uma arma pesada) repetida
diversas vezes pela Polícia Militar de Ricardo Coutinho; o BOPE foi o Batalhão
enviado pelo Governador para agredir militantes que buscavam justiça após
diversos acidentes, alguns com morte, provocados pelo descaso da Empresa de
Transporte Santa Rita e gestores/as públicos/as que permitem tal descaso.
Em conversa com moradores/as de
Tibiri, em reunião do Movimento Passe Livre/Santa Rita, eles/as falavam do
tempo que tinha um Deputado Estadual aguerrido que participava dos atos de rua
e colocava os advogados do seu gabinete a serviço da luta do povo de Santa Rita
por qualidade no Transporte Público; aqui eles faziam referência ao ano de
2003, quando o então Deputado Ricardo Coutinho ainda estava distante de passar
para o lado dos empresários do transporte e de outros segmentos das elites
paraibanas.
Além do nome de Ricardo Coutinho
e da truculência da sua Polícia, truculência essa típica da forma do Governador
fazer política (se é que podemos chamar de política), outro nome que não saia
da boca dos/as moradores/as de Santa Rita era o de Aldo Marinho, apresentado como
proprietário da empresa Santa Rita e, consequentemente, indicado pelo povo como um dos
responsáveis pelo acidente de 28 de setembro de 2013 que encurtou a vida de duas
pessoas e trouxe saudade e tristeza para o coração de amigos/as e familiares.
Outros acidades foram relatados pelos moradores, um que acabou levando um
motociclista a amputar um pé e outro, este ocorrido no dia da reunião de
avaliação do ato já referido, que não causou outras mortes por não ter sido na
BR, pois caso o feixe de mola quebrasse em via expressa seria mais uma tragédia
para Paraíba.
O ato do último dia 04 de outubro
era para ser apenas um ato de solidariedade e para atualizar a pauta de
reivindicações ao Governador Ricardo Coutinho que, após os atos de junho, não
recebeu o Movimento Passe Livre para tratar de reivindicações entregues há
meses. Quando digo “era para ser” é porque, de fato, o ato se tornou um campo
de guerra, ou melhor dizendo, um massacre; a PM de Coutinho, a mesma acusada de
torturar na integração durante os ato de junho, chegou em Santa Rita disparando
balas de borracha na altura da cabeça; atirou sem o mínimo de cuidado se eram crianças,
adolescentes, mulheres ou idosos, atiravam em todos/as, inclusive em quem
prestava solidariedade aos familiares das vítimas do acidente do dia 28 de
setembro.
Os abusos anteriormente relatados
não podem sequer ser encaminhados para averiguação por um único motivo, o
Governador parece preferir deixar que “corra solta” a violência policial e, até
o momento de fechar esse texto, não nomeou novo/a ouvidor/a de polícia, mesmo o
Conselho Estadual de Direitos Humanos tendo enviado lista tríplice há um bom
tempo.
Ainda Sobre a Segurança Pública: breve reflexão
Entre outros inúmeros elementos, soma-se a postura autoritária
anteriormente relatada, corriqueira contra os movimentos sociais, o fim da
Operação Manzuá; ou seria coincidência a ampliação dos casos de tráfico e
assaltos a ônibus e bancos após o fim da Operação? É correto culpabilizar
policiais militares, chamando-os de corruptos, para acabar uma medida
reconhecida pelos estados vizinhos? Entendo que não, policiais merecem boas
condições de trabalho e salários e as boas experiências merecem ser aprimoradas.
O elevado número de mortes de
homossexuais, mulheres e jovens tem ou não haver com o descaso da segurança
pública na Paraíba?
Quem vem sendo
favorecido com esses elementos que apresentamos? A Paraíba ou o crime
organizado?
É urgente um novo ato convocado pelo Movimento Passe Livre João Pessoa
Tárcio Teixeira
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