No último congresso do PSOL assinei a tese “PSOL, um passo em
direção ao Brasil Real”, assim fiz por entender a necessidade do meu Partido
não mergulhar na ultra-esquerda, esta já representada por outros partidos em
nosso país; outro motivo para assinar a referida tese deu-se pela necessidade
de não limitar a atuação partidária as disputas internas ou ao debate sindical,
obviamente sem diminuir a importância dessa importante ferramenta, mas
reconhecendo a necessária articulação junto aos Conselhos de Fiscalização da
Profissão, Comunidade LGBTT, Movimento de Mulheres e Negros, entre outros
importantes espaços que poderíamos fazer uma longa lista. O PSOL avançou nesses
diferentes espaços e é um fato concreto na realidade brasileira, respeitado e
com potencial de influência na melhoria da vida das pessoas!
Um partido que nasce sem um apelo social concreto, que se
forma apenas de acordos de lideres e distante do povo, deixa clara sua posição
na luta de classes, nesta inexiste neutralidade. A Rede da Marina toma força na
impressa nacional deixando sua possibilidade de esquerda (Heloisa Helena) em
segundo plano e, ainda, tenta atingir o PSOL por meio de outros dirigentes que
– supostamente – ainda assumem o PSOL. Felizmente, a realidade social não
permite ninguém atingir o PSOL para justificar suas movimentações políticas,
quem assim optar, além de não ter justificativa plausível para tal medida,
colocará em risco seu futuro político, são muitas as indefinições que temos
pela frente e a sociedade não aceitará justificativas virtuais.
Existem muitas redes por aí a fora, algumas delas mais
parecem uma colcha de retalhos. Não temos ainda, seria uma grande
irresponsabilidade, como carimbar os rumos do Partido Rede Sustentabilidade,
mas é fato que uma unidade que começa do PSDB, passando pelo PV e PT, e indo
até personalidades como a guerreira e lutadora social Heloisa Helena, não
poderia possibilitar outra afirmação de Marina Silva que a frase mais vazia dos
últimos tempos no meio político: “nem oposição, nem situação. Eu assumo
posição”.
O PSOL nasceu de uma luta concreta, nos consolidamos em
defesa da Previdência Pública, nascemos e seguimos nas ruas; fizemos uma bela campanha para presidente com a
companheira Heloisa e, na sequência, mostramos que não somos um partido de
“capas”, a companheira seguiu cumprindo um importante papel no Partido, mesmo
não sendo Presidente da nossa legenda, e o PSOL continuou forte em todo país.
No ano passado saímos vitoriosos das campanhas eleitorais nos municípios brasileiros,
conquistamos nossas primeiras prefeituras e ampliamos nossa bancada de
vereadores/as, fortalecendo nossa atuação principalmente em capitais.
A Rede nasce tendo por referência uma candidatura a
presidência (Marina Silva) e ao mesmo
tempo quer surgir como defensores da nova política. A afirmação da ex Ministra
de que “Estamos em um processo de desconstrução do monopólio que o
partido tem da política” parece soar como mais uma inconsistência do seu
discurso, afinal de contas a Rede é um partido e tem como unidade uma
candidatura, além da expressão “o partido da Marina” ser fato já fixado
socialmente.
Nós do PSOL seguimos acreditando na importância da
ferramenta “partido”, entendemos que este instrumento deve ser articulado aos
movimentos sociais (sem atrelamento) e seguir o caminho da ética e do resgate
da política, mas deve principalmente avançar na luta por uma sociedade sem
classes sociais e sempre lembrando da necessidade de lutar por direitos e
reformas durante o percurso. O PSOL segue o caminho do Socialismo e da Luta
dos/as Trabalhadores/as.
O PSOL deve ter candidatura própria a Presidência da
República, possivelmente será nosso terceiro candidato ao cargo, consolidando o
PSOL como um partido que possui em seus quadros militantes qualificados e
referenciados socialmente. Nas ruas o nome do Senador Randolfe Rodrigues já
passa a ser cotado para disputar o cargo, sua importante contribuição no
cenário nacional pode consolidá-lo nessa tarefa, mas temos orgulho de dizer que
este não é o único nome do PSOL qualificado para essa tarefa.
O PSOL é um partido consolidado e reconhecido socialmente,
com diferenças internas que garantem a democracia sem perder de vista seu
direcionamento político. Democraticamente respeitamos a Rede e desejamos sorte
aos que fazem esse debate honestamente, não podemos ter os militantes do PSOL
que optaram por esse caminho como inimigos, mas estaremos atentos e preparados
para defender o nosso partido de possíveis deslealdades. PSOL consolidado e
avançando na luta por direitos!
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